quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Viña Indomita - Vale Casablanca

Juro por Deus que não queria visitar nehuma vinicula no Chile, inicialmente desci através das cordilheiras do pacífico (e falo por mim) com a pretensão de fazer uma festa de arromba em Viña del Mar, passei pelas viniculas na ida sem querer parar, se não fosse o chopp tomado naquele domingo lá em Santiago no Patio Buena Vista, não teria nem se quer tentado entrar em uma vinícula com o único intuito de tirar água do joelho, mesmo assim não deu certo, estavam todas fechadas, assim como tudo nesta rodovia no domingo. Na volta, já com outra mentalidade (maior de 18 anos) entramos nesta vinícula indicada pela concierge do hotel de Viña, segue...

Aqui já feliz da vida por ter feito aquelas escolhas das quais não nos arrependemos, pelo contrário: comemoramos!!

Aqui as vinhas com suas rosas tradicionais, Grazi, conta a história das rosas para o povo saber:
As rosas eram usadas nas vinículas porque atraiam os mesmos fungos que davam nas parreiras, e assim que pudessem verificar a presença dos fungos, podiam tratar as parreiras. Claro que hoje, com todos os avanços não é mais preciso, mas ficou a tradição.

Outra visão das parreiras com a roseiras.

Vista do prédio da Indomita.

Daniel, saboreando seu Chadornay Reserva

Prédio da Indomita no alto da colina

E agora, a aula... Degustação e um grande aprendizado....um grande aprendizado para o sommelier que nos serviu apenas uma taça para os dois, a Grazi ficou um arara pois "a minha" taça não estava servida... mas no final ficou assim mesmo e foi o suficiente, ainda mais porque fomos almoçar depois com um vinho indomita. (excelente, um dos pontos mais altos da viagem!)

O Cabernet Sauvignon Reserva 2007 foi eleito na Inglaterra o melhor vinho daquele ano, este vinho não é exportado para nós reles mortais brasileiros, porém foi degustado (de graça, bastou pedir para o grande Sérgio) e acabamos comprando um garrafa!  

Aqui começa algo que por um acaso vimos na TV chilena na semana anteior, uma entrevista com o Chef do restaurante da vinicula o careca Oscar Tapia, perfeito!! Parabéns!! (Esse brinde com esse rostinho mal intencionado não foi à ele, mas aqui vamos fazer de conta que foi: Um brinde à Oscar Tapia! Salve!)

Depois a gente termina, agora por motivos "indomcos" não estamos habilitados.. bye e até...

Chef: Oscar Tapia





nosso almoço maravilhoso... só de lembrar da água na boca!








terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Restaurante Boragó - Cozinha molecular experimental

Este restaurante do Chef Rodolfo Guzmán é algo inesquecível e difícl de descrever, algo para guardarmos na memória. O Chef foi aprendiz do Chef espanhol Ferran Adria e trouxe as maravilhas experimentais para a capital chilena, e nós fomos lá conferir, o que no final transcendeu a experiência culinária, por vários motivos, desde sua fachada (retratada na foto acima) à seu interior como veremos adiante...


Esta foto que por enquanto serve de cabeçalho do nosso blog é a entrada do menu degustação endémica o mais simples dos dois disponíveis no momento. Este menu "simples" serve 10 pratos (3 entradas, 4 pricipais e 3 sobremesas) elaborados de forma à transformar molecularmente e visualmente (diga-se de passagem) os pratos que estarrecem seus provadores. Aqui claro, não se come o bonsai nem as pedrinhas, apenas as "folhas" de uma espécie de nachos de beterraba com abacate.

Close do "nacho" em questão.

Detalhe do guaranpo que foi logo para o pescoço.

Esta entrada é composta de pão de cebola, filete de carvão vegrtal, azeite, aji explosivo e flor de melissa. Assim que você  passa a mexer o pão no azeite, misturando com todos os demais ingredientes tudo começa a ferver e mais surpreeendente é quando você coloca esta mistura na boca, uma real explosão acontece, não só de sabores, mas a "mistura" também se transforma em cristais de açucar.... Indescritível esta reação e experiência.


Este prato surpreende pela composição de seus ingredientes. É um caldo adocidado, parece de caramelo, mas na verdade é um caldo de carne de gado cozido por 24 horas a 70º C. As flores servem de contraponto e harmonizam esta entrada de forma exemplar.

Este comgumelo não é alucinógeno em sua essência, porém dando sequência ao menu degustação você já não sabe o que é real ou não, nada que a lei proíba, mas nesse momento depois de taças de champanhe e saboreando a primeira garrafa de vinho num ambiente totalmente planejado para que os pratos sejam protagonistas da cena, a sensação é a mesma (mesmo nunca ter provado no cogumelo alucinógeno, fica na imaginação de cada um).

Na verdade esta "terra" é comestível assim como tudo que nos serviram e harmoniza de forma única todos os pratos. Este parto é apresentado por um copo que quando é aberto é trazido ao nosso nariz, uma vez que todos os sentidos fazem parte da degustação. Pure de batata trufada e cogumelos. 


Este sim assusta não só em sua aparência mas na sua textura, me fez lembrar do nescau de terra que minhas irmãs me serviram ainda criança numa bricadeira de casinha, o que resultou num estrago em meu sistema gastro. No caso acima só resultou num estrago em nossos paradigmas. Mas a sensação e de ter caído de boca na terra é amenizado pelo sabor do risoto que se encontrava debaixo da mesma. Tenro e maravilhoso!

Este é um Congro frito, com carbono de espino, caldo de clorofila, pure de batata roxa... Sabores distintos em harmonia. 

Esta "vaca" estava maravilhosa, em termos de sabor é o ponto alto do menu, não sabemos ao certo se é porque a essa altura seu paladar busca uma referência "palpavél" do que já experimentou nesta existência ou se o prato é relamente diferenciado. Apostaria nas duas!

Detalhe fica por conta do fumacê que o prato solta após o garçom retirar suas respectivas tampas, o que nos faz embrenhar em uma floresta úmida o que não é exagero, pois o ambiente é todo em paredes escuras, mesas sem detalhes (metade das mesas com uma única rosa no centro da mesa, metade com uma pedra) e luz focal, o mundo converge para a visão dos pratos e depois se perde no palato dos mesmos.


Esta sobremesa impressiona pelo seu visual, porém é deveras doce, o sorvete é de violeta, assim como esta espécie de suspiro de murra e maria mole (tinha os dois), mas o contraponto fica por conta do caldo de maqui, algo que salvou o prato juntamente com a flor de lavanda.

Esta sobremesa  na nossa opinião foi a melhor, parece um planeta perdido no meio de sua órbita... Trata-se de um "bolo" de chocolate cozido a 50ºC e depois esfriado a  -196º C em nitrogênio. 

E dentro o chocolate ainda quente, derretendo.... Maravilhoso!

E para finalizar, uma sobremesa de menta chamada de Frio Glacial .... Inicia quando o garçon pede que você coloque na boca um biscoitinho (de menta) que logo começa a sair fumaça de todos os lados, pela boca e nariz.... Uma mistura de vários tipos de texturas de menta: gelo, borracha, sorvete, algodão....

Uma experiência para todos que gostam de culinária e não só de novos sabores, como novas experiências...

Endereço: Av. Vitacura 8369 - Teléfono: (56) 2 224 8278 9538893 / 9538894
NOVO ENDEREÇO: Av. Nueva Costanera, 3467, Vitacura

Pátio Bela Vista - Santiago Chile

Endereço: Patio Bellavista: Constitución 30 - 70 - Providencia - Santiago, Chile